o ano de 2013 iniciou com São Luís ainda escondida sob a poeira das obras inacabadas prometidas para o seu quarto centenário (segundo a história oficial) em 2012. A Via Expressa, a Avendia Quarto Centenário e o VLT quem lembra dele?............
CONTINUA
sábado, 26 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
ICONOGRAFIA III - 2008 (CONVIVÊNCIA)
Após o êxito da exposição de 2007, nos sentimos motivados para realizarmos outra em 2008, desta vez na Galeria do SESC. Além dos artistas da mostra do ano anterior, tivemos o retorno de Raimunda Fortes e convidamos Monica Farias e Francisca Costa que trabalhou em parceria com o professor Wallace Lima. A temática daquele ano foi convivência. Procuramos abordar diversas formas de convivência na urbi: com a história, com a mobilidade ou imobilidade, com a violência e algumas outras mais...
Adrianna produziu dois trabalhos, o primeiro deles, um enorme quebra-cabeça feito com piche sobre papelão representava aspectos da malha viária da cidade com seus eternos problemas.
O segundo trabalho era uma torre com base de ferro lembrando raízes de mangue e também formas sinuosas dos gradris coloniais da cidade. A parte superior era composta por máscaras de durex representando a convivência espontânea ou forçada da população.
Beto Nicácio no seu trabalho "Sem título" utilizou-se de dois elementos simbólicos de banheiro: a lixeira e o papel higiênico, ambos são recorrentes à limpeza ou sujeira, dependendo do contexto a que sejam aplicados. no caso da obra de Beto, seria a segunda opção, pela sua indignação com as diversas sujeiras presentes em São Luís: a má educação, a corrupção, a violência e tantas outras.
Uma segunda leitura da obra é estabelecida pelo próprio artista, seria a relação entre depósito bancário e "depósito" em vaso sanitário (ato de defecar).
Francisca Costa e Wallace Lima abordaram o pseudo título Atenas brasileira atribuído a São Luís. Segundo Francisca:
Beto Nicácio no seu trabalho "Sem título" utilizou-se de dois elementos simbólicos de banheiro: a lixeira e o papel higiênico, ambos são recorrentes à limpeza ou sujeira, dependendo do contexto a que sejam aplicados. no caso da obra de Beto, seria a segunda opção, pela sua indignação com as diversas sujeiras presentes em São Luís: a má educação, a corrupção, a violência e tantas outras.
Uma segunda leitura da obra é estabelecida pelo próprio artista, seria a relação entre depósito bancário e "depósito" em vaso sanitário (ato de defecar).
Instalação s/título - beto Nicácio |
Francisca Costa e Wallace Lima abordaram o pseudo título Atenas brasileira atribuído a São Luís. Segundo Francisca:
APENAS MARANHENSE" Francisca Costa
Convivência com enfoque direcionado em olhares
críticos à poluição visual. Expressões que limitam a linguagem culta de
nosso idioma e formas de pronunciação. Tida como uma das cidades com a lingua
mais limpa e livre de sotaques São Luís se orgulha de intitular-se Atenas
Brasileira. Contraste em vistas seu histórico cultural como o da terra em que
trouxe Odorico Mendes, tradutor da Ilíada, obra de Homero tida como fundadora
da tradição literária ocidental.
O termo parte de um período de ascensão na
economia e conseguintemente na cultura. (Jorge Leão).A Estrutura física: Um
Móbile que traz ao centro um lampião (memória cultural / contemporâneo) com
fotografias penduradas.
Fragmentos e letreiros com erros de construção
gramatical, expostos em prédios pela cidade, apontados pelos alunos da Escola
Rubem Almeida em uma aula extraclasse.
A obra propõe uma interação direta com o
fruidor que à medida que observa as fotografias, dialoga com sua própria imagem
refletida em espelhos no móbile e seu papel como cidadão formador de opiniões.
Há ainda um letreiro com letras manipuláveis com ímãs ao seu centro que faz um
convite à ordenação de palavras além das expostas como o trocadilho ATENAS e
APENAS.
João Carlos Pimentel - Convivência em transi tu - objeto
Objeto: "APRENDER A SER E A CONVIVER " Maciel Pinheiro
Instalação: "FRAGMENTOS: ÍCONES DA ICONOGRAFIA URBANA DE SÃO LUÍS" Monica Rodrigues
Instalação: "NEWTON SÁ, POR ONDE ANDARÁ? " Raimunda fortes
João Carlos Pimentel - Convivência em transi tu - objeto
"Que perguntas e que respostas se pode ter a respeito do trânsito de São Luís? E de que forma convivemos com isso no nosso dia-a-dia!? No seu trabalho CONVIVÊNCIA EM TRÂNSI TU, João Carlos buscou expressar um pouco desse tormento pelo qual, quase todos nós, somos obrigados a passar cotidianamente em São Luís.A obra é materializada numa pequena placa de fibra de madeira prensada tingida com piche e preenchida ao longo de toda a sua extensão com números de placas de carros nos dois sentidos de um avenida, entrecortados por um canteiro ocupado para as mais diversas finalidades.Como últimos elementos aparecem os fragmentos de fita gomada representando tudo o que vive prendendo ou prendendo-se ao trânsito: a imprudência, a fadiga, o estresse, as barreiras, os acidentes, os assaltos, os pedintes, os pedestres e tantas outras categorias impregnadas na dinâmica das ruas e avenidas de São Luís" (notas do artista).
Objeto: "APRENDER A SER E A CONVIVER " Maciel Pinheiro
"Inspirado na violência urbana ludovicense. É um protesto e contra o excesso de gente na cidade e
no planetaÉ um tributo à natureza humana (não há nada mais mortal e destrutivo
do que o ser humano, a violência é o único meio de pelo qual evoluímos). É uma
alusão à hipocrisia dos que são a favor do desarmamento" (notas do
artista).
Instalação: "FRAGMENTOS: ÍCONES DA ICONOGRAFIA URBANA DE SÃO LUÍS" Monica Rodrigues
"A utilização de recursos visuais
fotográficos com registros de locais conhecidos ou não, mas presentes no
cotidiano ludovicence, incorporado a um suporte comumente conhecido para uso de
calçamento. Locais de percurso de pedestres que são sujeitos ativos que andam a
maioria das vezes com os olhos voltados para o chão e um olhar fugaz,
insuficiente para dar conta das visualidades de nossa iconografia urbana. De um
Projeto denominado Analogias da Arte realizado com alunos do CEGEL em 2003.
Trabalha História da Arte observando a realidade de nossa cidade e sua estética
urbana.
Pesquisa in loco, numa expedição cultural e o
uso do registro fotográfico de locais às vezes passados despercebidos no
corre-corre diário das pessoas. As visualidades registradas nesta ocasião
continuaram gerando novos conceitos e possibilidades de enfoque de construção
plástica, daí o novo trabalho: Fragmentos". (notas da artista).
Instalação: "NEWTON SÁ, POR ONDE ANDARÁ? " Raimunda fortes
"Pessoas foram fotografadas com a
pergunta "Por onde andará" em lugares nos quais existiam duas obras
públicas de Newton Sá (artista maranhense que completaria 100 anos em 2008).
Como essas obras já desapareceram e não existem registros do que aconteceu com
elas, o tecido preto está recobrindo a imagem delas deixando ver por uma
abertura apenas uma cruz que representa a morte delas para o público e as pessoas
que continuam sem uma resposta para a sua indagação" (notas da artista).
Instalação: "LEMBRANÇAS DE SÃO LUÍS" Regis Costa Oliveira
Normalmente, os trabalhos de Régis são autobiográficos, intimistas e viscerais. Nas "Lembranças" estas recorrências também estão presente. É uma produção que faz uma justaposição simbólica entre o passado histórico e o presente incerto. A obra possui formato de tapete azulejar oitocentista composto em padrão 2x2, reconfigurado com a imagem de 8 revólveres que fazem alusão à imagem de reféns de braços abertos, numa clara referência à excessiva violência presente em São Luís.
Obs.: as imagens e os textos "notas do artista" foram extraídos do blog da Francisca Costa: http://frarte.blogspot.com.br/ em 22/8/2014
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