Artistas migrantes
A partir do inicio do
século XX, alguns artistas buscando uma formação melhor, além do que era
ensinado em São Luís ,
migraram para o Rio de Janeiro (capital do Brasil à época e sede da ENBA) e São
Paulo, cidade precursora do modernismo brasileiro. A essa geração pertencem[1]:
Celso
Antonio de Menezes (Caxias, MA, 1896 – Rio de Janeiro, 1984), escultor; João Lázaro de Figueiredo (São Luís,
MA, 1911 – Fortaleza, CE, 1981), pintor e cenógrafo; Fernando Clóvis Pereira
(São Luís, MA, 1917), pintor; Sebastião
Zaque Pedro (Cururupu, MA, 1921 – São Luís, MA, 1950), pintor; Newton Sá (Colinas, MA, c. 1908 – Rio
de Janeiro, 1940), escultor; Flory
Lisboa Gama (Vargem Grande, MA, 1916
– Rio de Janeiro, 1996), escultor; João Batista
de Deus (Brejo, MA, 1896 -?),
desenhista e pintor sacro. Jorge Ferreira Brandão (São Luís, MA, 1936 – São
Paulo, 1992), pintor e cenógrafo.
Movimentos e associações artísticos culturais de São Luís
Muitos dos artistas que
migraram para o Sudeste retornaram a São Luís, e acabaram exercendo algum tipo
de influência sobre o panorama artístico local[2].
Outras influências foram adquiridas por meio de alguns livros sobre arte
moderna. Existiam também alguns empresários admiradores das artes que ajudavam
os artistas.
Um desses empresários foi
o comerciante Paulo Abreu, proprietário da Loja Rianil, situada à Rua Grande, nº. 44, onde constantemente se
expunham obras de arte.
Havia a Farmácia
Sanitária do Sr. Jesus Norberto Gomes, localizava-se na Praça João Lisboa, onde
funciona atualmente a Caixa Econômica Federal
Ela foi fundada em 1921 e
funcionou até o início dos anos 1980. Nas suas vitrines eram expostos trabalhos
artísticos. Nessa farmácia era fabricado o famoso refrigerante guaraná Jesus,
cujo logotipo foi criado pelo pintor Ambrósio Amorim, em 1944.
Existiram outros
estabelecimentos como pontos de encontro de artistas e intelectuais: o Bar do Castro, situado na Rua do Sol,
nº. 83, funcionou de 1947 a
1963. O seu proprietário era o espanhol
Leôncio Cid Castro; e o Moto Bar, em
frente à igreja do Carmo.
Vale citar ainda, a Sociedade
de Cultura Artística do Maranhão (SCAM), criada e patrocinada por Lilah Lisboa
de Araújo (1898 - 1979)[3].
Realizou salões de artes plásticas de 1950 a 1954. E a Movelaria Guanabara, de propriedade do pintor Pedro Paiva.
Entre os freqüentadores
da Movelaria, consta: Floriano Teixeira
(1923 – 2000), pintor, desenhista, gravador, ilustrador e escultor; Cadmo Castro Silva (1921-?), desenhista e pintor; Antonio Alves de Almeida
(1922 – 2009), pintor, escultor, muralista, gravador, ilustrador, ceramista e
entalhador; Yêdo Figueiredo Saldanha (1930-?), gravador, pintor,
desenhista, cenógrafo e decorador; Ambrósio
Amorim (1922 –2003), pintor, foi aluno de Newton Pavão; e Pedro
Alves de Paiva Filho (1914-?),
pintor.
[1] Maiores
informações ver CANTANHEDE (2008).
[2] E
mesmo alguns que não retornaram, serviram como inspiração para os jovens
iniciantes, através dos seus sucessos noticiados nos jornais de São Luís.
[3] pianista
e promotora de saraus no seu solar localizado na Rua do Giz. Onde atualmente
funciona a Escola de Música do Maranhão. Foi aluna de Heitor Vila Lobos.
Um comentário:
Tenho orgulho em comentar sobre as obras do Professor Newton Pavão ele era irmão da minha hoje falecida 👍👍👍
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