domingo, 16 de junho de 2013

ARTE MARANHENSE NO SÉCULO XX

Artistas migrantes

A partir do inicio do século XX, alguns artistas buscando uma formação melhor, além do que era ensinado em São Luís, migraram para o Rio de Janeiro (capital do Brasil à época e sede da ENBA) e São Paulo, cidade precursora do modernismo brasileiro. A essa geração pertencem[1]:
 Celso Antonio de Menezes (Caxias, MA, 1896 – Rio de Janeiro, 1984), escultor; João Lázaro de Figueiredo (São Luís, MA, 1911 – Fortaleza, CE, 1981), pintor e cenógrafo; Fernando Clóvis Pereira (São Luís, MA, 1917), pintor; Sebastião Zaque Pedro (Cururupu, MA, 1921 – São Luís, MA, 1950), pintor; Newton Sá (Colinas, MA, c. 1908 – Rio de Janeiro, 1940), escultor; Flory Lisboa Gama (Vargem Grande, MA, 1916 – Rio de Janeiro, 1996), escultor; João Batista de Deus (Brejo, MA, 1896 -?), desenhista e pintor sacro. Jorge Ferreira Brandão (São Luís, MA, 1936 – São Paulo, 1992), pintor e cenógrafo.  

Movimentos e associações artísticos culturais de São Luís

Muitos dos artistas que migraram para o Sudeste retornaram a São Luís, e acabaram exercendo algum tipo de influência sobre o panorama artístico local[2]. Outras influências foram adquiridas por meio de alguns livros sobre arte moderna. Existiam também alguns empresários admiradores das artes que ajudavam os artistas.
Um desses empresários foi o comerciante Paulo Abreu, proprietário da Loja Rianil, situada à Rua Grande, nº. 44, onde constantemente se expunham obras de arte.
Havia a Farmácia Sanitária do Sr. Jesus Norberto Gomes, localizava-se na Praça João Lisboa, onde funciona atualmente a Caixa Econômica Federal
Ela foi fundada em 1921 e funcionou até o início dos anos 1980. Nas suas vitrines eram expostos trabalhos artísticos. Nessa farmácia era fabricado o famoso refrigerante guaraná Jesus, cujo logotipo foi criado pelo pintor Ambrósio Amorim, em 1944.
Existiram outros estabelecimentos como pontos de encontro de artistas e intelectuais: o Bar do Castro, situado na Rua do Sol, nº. 83, funcionou de 1947 a 1963. O seu  proprietário era o espanhol Leôncio Cid Castro; e o Moto Bar, em frente à igreja do Carmo.
Vale citar ainda, a Sociedade de Cultura Artística do Maranhão (SCAM), criada e patrocinada por Lilah Lisboa de Araújo (1898 - 1979)[3]. Realizou salões de artes plásticas de 1950 a 1954. E a Movelaria Guanabara, de propriedade do pintor Pedro Paiva.
Entre os freqüentadores da Movelaria, consta: Floriano Teixeira (1923 – 2000), pintor, desenhista, gravador, ilustrador e escultor; Cadmo Castro Silva (1921-?), desenhista e pintor; Antonio Alves de Almeida (1922 – 2009), pintor, escultor, muralista, gravador, ilustrador, ceramista e entalhador; Yêdo Figueiredo Saldanha (1930-?), gravador, pintor, desenhista, cenógrafo e decorador; Ambrósio Amorim (1922 –2003), pintor, foi aluno de Newton Pavão;  e Pedro Alves de Paiva Filho (1914-?), pintor.




[1] Maiores informações ver CANTANHEDE (2008).
[2] E mesmo alguns que não retornaram, serviram como inspiração para os jovens iniciantes, através dos seus sucessos noticiados nos jornais de São Luís.
[3] pianista e promotora de saraus no seu solar localizado na Rua do Giz. Onde atualmente funciona a Escola de Música do Maranhão. Foi aluna de Heitor Vila Lobos.

Um comentário:

seliga disse...

Tenho orgulho em comentar sobre as obras do Professor Newton Pavão ele era irmão da minha hoje falecida 👍👍👍