segunda-feira, 6 de maio de 2013

ARTE OITOCENTISTA MARANHENSE - artistas estrangeiros


Joaquim Cândido Guillobel (Lisboa, 1787 – Rio de Janeiro, 1859). Militar, desenhista, arquiteto, engenheiro, e professor. Foi um primeiros artistas vindos a São Luís. Chegou em 1819, na companhia do Tenente-Coronel do Real Corpo de Engenheiros, Antônio Bernardino Pereira do Lago. Juntos fizeram o levantamento topográfico da província do Maranhão, cabendo a Guillobel a função de desenhar os mapas e plantas.
Em São Luís, ele ensinou desenho e pintura, sendo o precursor neste tipo de ensino na capital maranhense. Executou uma série de aquarelas representando figuras típicas do Maranhão.

                                                      Senhora conduzida por escravos (cerca de 1820) - Joaquim Candido Guillobel


Posterior a Guillobel, chegou a São Luís, o italiano Domingos Tribuzi (Roma, c. 1810 – Belém, 1880), pintor, desenhista e professor. Foi possivelmente o artista que mais contribuiu para o panorama artístico ludovicense no século XIX, através do ensino, da produção e organização de exposições.
Domingos Tribuzi foi primeiro artista a sistematizar um ensino de artes plásticas em São Luís. Sendo, o mestre da primeira geração de pintores maranhenses no século XIX. Submetendo-se a concurso público, foi aprovado e nomeado professor substituto (e posteriormente titular) de desenho do Liceu Maranhense.



Além de Guillobel e Tribuzzi, vários outros artistas estrangeiros tiveram destaque no panorama artístico ludovicense, dos quais merecem destaque:
O português José de Albuquerque Cardoso Homem, que chegou a São Luís em 1847. Tornou-se professor de escultura na Casa dos Educandos Artífices.[1] Com habilidades em arquitetura, pintura, desenho e escultura, Cardoso Homem teve como seu principal registro artístico no Maranhão, a reforma do Teatro União em 1852 (atual Teatro Arthur Azevedo), com auxílio de seus melhores alunos da Casa dos Educandos Artífices que produziram esculturas em gesso representando alegorias das musas das artes, além de carrancas e grinaldas.
O italiano, Joseph Leon Righini (Turim, c. 1820 – Belém, 1884). Pintor, desenhista, gravador, cenógrafo e fotógrafo. Formado na Academia de Belas-Artes de Turim. Como citado anteriormente, veio a São Luís como cenógrafo de uma companhia lírica italiana, em 1856. É autor de importantes vistas de São Luís.






[1] - Instituição criada em 1841, serviu de internato destinado à formação profissional e escolar de garotos órfãos e carentes. Possuía especializações em música, escultura, desenho técnico e oficinas de espingardeiros, sapateiros, alfaiates, torneiros, carpinteiros e marceneiros, além de alfabetização. Funcionava no antigo Armazém da pólvora, num largo do Caminho Grande (atual Praça da República, no bairro do Diamante.

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