Joaquim
Cândido Guillobel
(Lisboa, 1787 – Rio de Janeiro, 1859). Militar, desenhista, arquiteto, engenheiro,
e professor. Foi um primeiros artistas vindos a São Luís. Chegou em 1819, na
companhia do Tenente-Coronel do Real Corpo de Engenheiros, Antônio Bernardino
Pereira do Lago. Juntos fizeram o levantamento topográfico da província do
Maranhão, cabendo a Guillobel a função de desenhar os mapas e plantas.
Em São Luís, ele ensinou
desenho e pintura, sendo o precursor neste tipo de ensino na capital
maranhense. Executou uma série de aquarelas representando figuras típicas do
Maranhão.
Senhora conduzida por escravos (cerca de 1820) - Joaquim Candido Guillobel
Posterior a Guillobel,
chegou a São Luís, o italiano Domingos Tribuzi (Roma, c. 1810 – Belém,
1880), pintor, desenhista e professor. Foi possivelmente o artista que mais
contribuiu para o panorama artístico ludovicense no século XIX, através do
ensino, da produção e organização de exposições.
Domingos Tribuzi foi
primeiro artista a sistematizar um ensino de artes plásticas em São Luís.
Sendo, o mestre da primeira geração de pintores maranhenses no século XIX.
Submetendo-se a concurso público, foi aprovado e nomeado professor substituto
(e posteriormente titular) de desenho do Liceu Maranhense.
Além de Guillobel e Tribuzzi,
vários outros artistas estrangeiros tiveram destaque no panorama artístico
ludovicense, dos quais merecem destaque:
O português José de
Albuquerque Cardoso Homem, que chegou a São Luís em 1847. Tornou-se
professor de escultura na Casa dos Educandos Artífices.[1]
Com habilidades em arquitetura, pintura, desenho e escultura, Cardoso Homem
teve como seu principal registro artístico no Maranhão, a reforma do Teatro
União em 1852 (atual Teatro Arthur Azevedo), com auxílio de seus melhores alunos da Casa dos Educandos
Artífices que produziram esculturas em gesso representando alegorias das musas
das artes, além de carrancas e grinaldas.
O italiano, Joseph Leon
Righini (Turim, c. 1820 – Belém, 1884). Pintor, desenhista, gravador,
cenógrafo e fotógrafo. Formado na Academia de Belas-Artes de Turim. Como citado
anteriormente, veio a São Luís como cenógrafo de uma companhia lírica italiana,
em 1856. É autor de importantes vistas de São Luís.
[1] -
Instituição criada em 1841, serviu de internato destinado à formação
profissional e escolar de garotos órfãos e carentes. Possuía especializações em
música, escultura, desenho técnico e oficinas de espingardeiros, sapateiros,
alfaiates, torneiros, carpinteiros e marceneiros, além de alfabetização.
Funcionava no antigo Armazém da pólvora, num largo do Caminho Grande (atual Praça
da República, no bairro do Diamante.
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